Transformação digital da felicidade!

A tecnologia deve ajudar as pessoas a ser mais saudáveis, viver mais e de forma mais ativa e sustentável.

Vivemos a revolução mais rápida e radical que a humanidade já experimentou: a transformação digital! A indústria 4.0 é, até agora, a expressão mais exuberante dessa modificação. A automação, a internet das coisas (OiT), a big data, a inteligência artificial e a computação em nuvem alteraram drasticamente a forma de produzir, comercializar e de viver em sociedade.

E, não menos importante, criou um novo tipo de capitalismo sem capital, em que qualquer um, independentemente da sua origem social, com acesso à tecnologia de baixíssimo custo, pode criar uma startup e transformá-la rapidamente em um unicórnio, startup que possui avaliação de preço de mercado que ultrapasse 1 bilhão de dólares. PagaSeguro, Loggi, 99, Movile e Nubank são alguns exemplos de empresas unicórnio.

Desafios de uma revolução sem volta
A automação inteligente reduziu a necessidade de mão de obra menos qualificada e gerou legiões de desempregados crônicos, que, por falta de formação, dificilmente voltarão a ter emprego convencional na era digital. E, paralelamente, existe enorme insuficiência de recursos humanos especializados para atender às demandas da nova economia. Por exemplo: hoje, temos no Brasil, mais de dez milhões de desempregados. Na mesma esteira, há mais de um milhão de vagas por preencher na nova economia.

O pêndulo da História sempre nos leva de um extremo ao outro. Esta “desumanização” que ocorre por meio da transformação digital gerou o paradigma da economia 5.0, posicionando o ser humano no centro da inovação e da revolução tecnológica. Não por acaso, a economia 5.0 nasceu no Japão, um dos países mais tecnológicos do planeta, com uma das populações mais envelhecidas (quase 30% dos japoneses têm mais de 65 anos de idade), e, por isso, mais sensível aos impactos sociais da indústria 4.0.

Utopias que se tornam realidade
O novo paradigma busca o “justo-meio” aristotélico, ou seja, o homem deve usar as suas “virtudes” intelectuais para desenvolver ações que possam gerar a felicidade coletiva, porque só poderemos ser realmente felizes em uma sociedade feliz! Assim, o colossal potencial tecnológico deve maximizar não só a produtividade e competitividade das empresas, mas, sobretudo, melhorar a qualidade de vida das pessoas, o ambiente, a limitação energética, a desigualdade social etc.

A tecnologia deve ajudar as pessoas a ser mais saudáveis, viverem mais e de forma mais ativa e sustentável, além de valorizar a criatividade e a imaginação, com o fim de possibilitar mais tempo livre para o ócio e convívio social. Provavelmente, existirá uma grande utopia nesses propósitos do 5º Plano Básico de Ciência e Tecnologia que o governo japonês apresentou em 2017, e que o G20 ratificou no ano passado, mas todas as grandes revoluções da humanidade foram algum dia “apenas” utopias de sonhadores!

Temos a ideia de que o investimento na qualidade de vida das pessoas, no ambiente e no desenvolvimento sustentável é conflitante com os interesses econômicos. Pelo contrário, o estudo “2020 Global Marketing Trends”, da Deloitte, revelou o fato de que as empresas com propósito (purpose-driven) crescem, em média, três vezes mais rápido que seus concorrentes e 80% dos seus clientes estão dispostos a pagar um preço até 25% maior pelos seus produtos ou serviços.

O importante é não nos deslumbrarmos com as fantásticas possibilidades da transformação digital e ignorar o que Albert Einstein disse: “O espírito humano precisa prevalecer sobre a tecnologia”.

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