A nutrição e a fertilidade do casal

foto: Freepik

Já é consenso que o estado nutricional e de vida podem trazer uma série de consequências à nossa saúde, mas ainda poucas pessoas levam esse raciocínio para o sistema reprodutivo. Vejo muitos profissionais investigando e tentando diversas estratégias apenas com a mulher, sem olhar o parceiro. Mas é necessário lembrar que 50% da carga genética vêm do homem, por isso é necessário também um manejo nutricional para ele, melhorando o perfil do espermatozoide (qualidade, quantidade e motilidade).

Podemos observar o aumento nas taxas de infertilidade feminina e masculina, maior número de abortos espontâneos, partos prematuros e crianças que nascem alérgicas. Não existe a cultura de nutrição adequada para o período anterior à gravidez, mas, quanto mais saudáveis e equilibrados nutricionalmente a mãe e o pai estiverem, assim também será com o óvulo e o espermatozoide, aumentando as chances de gerarem um bebê saudável. Um organismo desequilibrado pode não ser estéril, porém pode ter as chances reduzidas para engravidar.

É alarmante a diminuição na taxa de fertilidade da população mundial e o aumento da procura por fertilizações e induções de ovulação, por isso muitas pesquisas têm sido desenvolvidas nessa área. Hoje, sabemos que a obesidade, o estresse, o sedentarismo, o tabagismo e a baixa qualidade do sono são fatores associados a aumento da infertilidade ou a desfechos gestacionais indesejados.

A correção do peso, quando feita por meio de uma estratégia nutricional adequada, a mudança do estilo de vida, a destoxificação do corpo (por suplementos e terapias específicos) e o fornecimento de nutrientes também específicos podem melhorar tanto a frequência ovulatória quanto a qualidade do sêmen. Durante o tratamento é importante investigar alimentos que possam estar atrapalhando os resultados, pois podem desorganizar o intestino, o metabolismo e o sistema imune. Assim, garantimos que a estratégia seja totalmente personalizada, respeitando as pessoas como seres únicos e individuais. Em relação ao padrão alimentar, é recomendado o consumo mais concentrado em carnes brancas, grãos integrais, oleaginosas, sementes, azeite, além de frutas e verduras em abundância. Esse tipo de alimentação aumenta o fornecimento de antioxidantes e vitaminas do complexo B, fundamentais à fertilidade.

É importante conversar com um profissional sobre outros fatores que podem atrapalhar, como o armazenamento dos alimentos, desodorante e xampu ideais, contaminação por metais pesados, alterações genéticas e alergias ou intolerâncias alimentares.

Por: Thalita Cardoso – CRN: 3 55355 Graduada em Nutrição pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Pós-graduanda em Nutrição Maternoinfantil na Prática Clínica e Ortomolecular pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área da Saúde (Fapes)

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